Em países como China e Estados Unidos, o uso de chupetas por jovens e adultos tem ganhado popularidade como alternativa para aliviar sintomas de estresse, ansiedade e insônia. Tradicionalmente associadas à infância, as chupetas agora aparecem em vídeos nas redes sociais, onde internautas mostram o acessório no trânsito, no trabalho ou durante crises de burnout, muitas vezes customizado com adesivos, pedrarias e miçangas.
Segundo o South China Morning Post, o produto é vendido com a promessa de ajudar no relaxamento, melhorar o sono e até auxiliar no processo de parar de fumar. Especialistas, no entanto, afirmam que o hábito é um comportamento regressivo, ligado à busca por conforto emocional diante de um cenário de incerteza e pressão social.
O psicólogo Alexander Bez explica que, apesar de representar uma fuga simbólica da vida adulta, a prática não possui eficácia terapêutica. Para ele, técnicas de respiração, atividade física, terapia e momentos de lazer são métodos mais indicados para reduzir a tensão.
A tendência se soma a outros fenômenos ligados à nostalgia da infância, como o uso de bichos de pelúcia e bonecos personalizados, mas especialistas alertam que esses hábitos não substituem estratégias comprovadas de cuidado com a saúde mental.
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